Residência Uniprofissional em Enfermagem Obstétrica

A Residência foi criada como estratégia do Ministério da Saúde, juntamente com a gestão estadual e municipal, para redução de mortalidade materna e infantil através da implantação de um conjunto de ações com o objetivo de estimular a melhoria da assistência obstétrica, com a finalidade de reconhecer a assistência prestada por enfermeiros obstetras em partos normais sem distócias, no contexto da humanização do parto no Brasil.

Este programa constitui-se numa estratégia de educação permanente, que visa a transformação da rede de serviços de saúde existente no município em espaços de educação contextualizada e de desenvolvimento profissional. O eixo central de desenvolvimento do SISE-SUS é o espaço dos serviços e seus territórios de abrangência, onde o processo de trabalho em saúde não se limita ao campo específico do serviço. Neste contexto, a mudança das práticas sanitárias e a construção de novos saberes devem ser resultantes de esforços coletivos.

Segundo o Ministério da Saúde (2018), enfermeiros obstetras são profissionais qualificados e habilitados a prestar uma assistência segura no processo parturitivo, além de trazer a concepção do parto como um evento fisiológico evitando intervenções desnecessárias, garantindo dignidade e autonomia à clientela, melhorando a assistência obstétrica e neonatal cumprindo com os pactos de redução da mortalidade materno-infantil.

O objetivo dessa residência é formar Enfermeiros Obstetras, com perfil humanístico e ético, pautados pelo espírito crítico, pela cidadania e pela função social da educação superior, orientados pelo princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão; capazes de atuar como colaboradores na mudança de modelo de atenção à saúde materno infantil, contribuindo para a melhoria da realidade epidemiológica no contexto do SUS no município de Palmas.

Um dos fundamentos da proposta do Programa Integrado de Residências em Saúde é a integração expressa pela construção e validação do perfil de competência, a partir da interação de residentes, docentes, trabalhadores da saúde e gestores.

O desenvolvimento curricular dos residentes, conforme a matriz curricular e as áreas de competência, compreende as unidades educacionais que são capazes de fazer desenvolvimento articulado de capacidades para as áreas de gestão, educação, vigilância e atenção à saúde que contemplam o perfil de competência dos trabalhadores da saúde.

Os temas curriculares estão contidos nas três áreas de competência a serem desenvolvidas pelo Programa Integrado de Residências em Saúde: Atenção à Saúde; Gestão; Educação e Desenvolvimento Científico.

Em 2017-2019, a residência de enfermagem obstétrica dentro da unidade educacional da gestão do cuidado em atenção em saúde, participou ativamente do grupo condutor materno infantil na Superintendente de Atenção Primária e Vigilância em Saúde (Supavs), contribuindo para a integralidade do cuidado, acompanhando e avaliando o acesso, o financiamento e a execução das ações propostas, considerando metas e indicadores e articulações com a rede de serviços de saúde e equipamentos sociais. Com o início da pandemia, tivemos que nos afastar desse cenário de prática devido à medida necessária para o distanciamento social.

Atualmente, retomamos nossa avaliação desse contexto e a inserção dos residentes de enfermagem obstétrica no cenário de prática na Superintendente de Atenção Primária e Vigilância em Saúde (Supavs) acreditando nos benefícios tanto para o programa quanto para a gestão da atenção à saúde materno infantil, contribuindo para a melhoria da realidade epidemiológica no contexto do SUS no município de Palmas.

OBJETIVOS

- Identificar e Analisar as necessidades da atenção à saúde materno infantil considerando os dados epidemiológicos e demográficos, a partir da observação do risco, vulnerabilidade, incidência e prevalência;

- Realizar investigação utilizando visitas técnicas e/ou inquéritos populacionais coletando de dados primários e secundários, observando os critérios éticos dos processos de pesquisa e fórmula perfil de saúde-doença, a partir da relação dos dados e informações obtidas;

- Elaborar projetos de ação obtendo autorização consentida e pactuação de metas, respeitando percepções e interesse de todos os envolvidos construindo propostas flexíveis de intervenção, que contemplem as mudanças de contexto, as tecnologias disponíveis, a organização e acesso aos serviços de saúde.

CARGA HORÁRIA

Atualmente a REO conta com 11 residentes, sendo 06 R1 e 05 R2, os quais ainda não tiveram a oportunidade de vivenciar esse campo de prática. Pensando nesse tempo de 12 meses que ainda faltam para os R2, separamos os em 3 grupos com 4 residentes cada, sendo que cada residente de enfermagem obstétrica ficará no cenário de prática por período de 4 meses, completando 240 horas de carga horária prática. 


Author: Lucas