Debates sobre desafios e papel da pesquisa no âmbito do SUS marcam Arena Fesp 2021

Evento deste ano aconteceu no formato híbrido e está disponível no canal da Fesp no YouTube

Gratidão. Este é o sentimento da presidente da Fundação Escola de Saúde Pública (Fesp), Marttha Ramos, ao encerrar a Arena Fesp 2021. A segunda edição do evento aconteceu em formato híbrido, presencial no Parque da Pessoa Idosa Francisco Xavier de Oliveira e on-line. Quem quiser conferir, basta acessar o canal da Fesp no YouTube, onde ficará disponível.

“Nesta segunda edição percebemos uma evolução no aspecto geral, tanto no formato do evento quanto no nível do debate. Tivemos grandes contribuições com temas bem pertinentes e participação de excelentes profissionais. Saímos com uma bagagem que permite com que façamos um evento cada vez mais enriquecedor. Agradeço a toda a equipe e parceiros pelo sucesso alcançado e que venha o próximo”, enfatizou a presidente.

O médico e presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Estado do Tocantins, Wallace Silva, foi o responsável pela abertura da primeira Roda de Conversas da noite, intitulada: ‘Os Desafios do Serviço Público na Urgência e Emergência’. “Durante todo esse período que estamos atuando em Palmas, em 2011 fundamos a sociedade para que médicos de unidades se tornassem intensivistas por meio de capacitação com especialistas de todo o País com pós-graduação de terapia intensiva de renome nacional e internacional. Na pandemia demos consultoria para a Prefeitura de Palmas para reorganização de fluxo nas UPAs que já funcionava, mas poderia melhorar e assim foi acatado, deu certo. Essa pandemia me fez abrir os olhos para algumas coisas. Temos que otimizar o tempo profissional e não deixar a família de lado, os amigos e você mesmo”, disse.

Supervisora de Residência da Fesp, a médica Fernanda Rosa, iniciou na instituição em 2014, um ano após sua criação e conta que participar de um evento deste porte como palestrante é muito gratificante e mostra o quanto a Fesp se fortaleceu ao longo destes anos. “Esse ano foi muito sofrido para os profissionais, tivemos que nos reinventar e, apesar de todas as dores, saímos mais fortalecidos para prestar um atendimento cada vez melhor. Palmas tem um sistema integrado e uma comunicação mais fácil de referência e contrarreferência e a Fesp prima por formar profissionais qualificados para seguir os fluxos destes protocolos da assistência em saúde”, manifestou durante sua apresentação.

Para encerrar a noite, as reflexões ficaram a cargo da Roda de Conversa: ‘Caminhos da Pesquisa, Extensão e Inovação no SUS’ que trouxe contribuições da analista em saúde da Vigilância Epidemiológica da Semus, doutoranda em Biotecnologia pela Rede Bionorte, Fernanda Fernandes. “Comecei minha trajetória na biomedicina que é muito voltada para pesquisa e, apesar disso, nunca tinha me visto como pesquisadora. A pesquisa em si veio muito à tona agora com a Covid porque trabalhamos com evidências. E de onde vem as evidências? Da pesquisa científica, principalmente deste desconhecido. Um sanitarista é um pesquisador nato. Agora estamos estudando o pós-Covid, temos muitas pessoas com sequelas precisando da nossa contribuição. Minha vida acadêmica de pesquisadora é muito gratificante, não é fácil, mas a gente consegue, sou grata por fazer tudo aqui na nossa região, desde a pós-graduação até doutorado”, destacou a pesquisadora Fernanda.

O evento foi encerrado com a apresentação do projeto de extensão da professora do curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Federal do Tocantins (UFT), Doutora em Artes Renata Patrícia, ‘Maturidade (En)Cena: teatro e promoção da saúde na terceira idade’ que, coletivamente, vem estudando a relação entre o fazer e apreciar artístico e a promoção da saúde da pessoa idosa. De acordo com a extensionista, com o projeto desenvolvido com os idosos do Parque da Pessoa Idosa Francisco Xavier de Oliveira pode-se perceber relatos de melhoras na saúde a partir da arte.

Neste último dia, participaram ainda, a coordenadora do Núcleo de Pesquisa da Fesp/ITPAC, Profª Dra.Eliane Lino Franchi e o médico residente em Medicina de Família da Fesp atuante da Unidade de Saúde da Família da Arse 122 (1206 Sul), Gabriel Sampaio Monteiro.

Por Redação Semus
04/12/2021