O médico infectologista da rede municipal de saúde, Rafael Nogueira, realizou na tarde desta quarta-feira, 11, uma capacitação virtual sobre ‘Monkeypox: do diagnóstico ao tratamento’. A capacitação é uma iniciativa da parceria entre a Educação Permanente da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp) e a Secretaria da Saúde (Semus). O conteúdo está disponível no canal do YouTube da instituição e pode ser acessado aqui.
Atualmente, estão confirmados 31.800 casos de Monkeypox ou varíola dos macacos em todo o mundo. No Brasil, são 2.004 casos confirmados, segundos dados do dia 05 de agosto (última atualização). Em Palmas, não há casos confirmados, a Semus investiga 11 casos suspeitos para a doença.
O médico explica que o indivíduo de qualquer idade, a partir de 15 de março de 2022, que apresente início súbito de erupções cutâneas são considerados casos suspeitos de varíola do macaco. O médico alerta que os profissionais devem se atentar, durante a anamnese, aos diagnósticos diferenciais referentes a doenças que possuem sintomas similares como a varicela ou herpes zoster, impetigo, herpes simples, sífilis, e molusco contagioso.
A doença pode ser transmitida via contato com lesões dermatológicas, fluidos corporais, inclusive durante ato sexual caso a pessoa apresente alguma lesão na região genital ou anal; materiais contaminados e gotículas respiratórias. O médico explica que o período de incubação da Monkeypox é bastante variável. "Ele tem de seis a 16 dias de incubação. É raro mas pode acontecer de chegar a 21 dias. Já os sintomas podem durar de duas a quatro semanas e eles trazem a linfadenopatia (condição anormal nos nódulos linfáticos), além de febre, cefaléia e mialgia (dor muscular)", esclareceu.
Os indivíduos considerados suspeitos devem ficar em isolamento até a reepitelização (cicatrização) da pele, usar roupas que cubram as lesões, usar máscara, manter distanciamento mínimo de um metro. Importante manter as lesões sempre limpas e secas e o tratamento medicamentoso deve ser prescrito pelo profissional médico durante consulta. Gestantes, imunossuprimidos e crianças menores de oito anos são consideradas grupos de risco. O médico destaca ainda que pacientes que apresentem mais de cem lesões, insuficiência respiratória, sepse, confusão, desidratação e linfadenopatia cervical (aumento dos linfonodos do pescoço) com disfagia (dificuldade de engolir alimentos) são considerados casos graves da doença.
O que fazer em casos suspeitos?
Saúde de Palmas apresenta fluxo para atendimento da população em caso de suspeita de Monkeypox
Por Redação Fesp
12/08/2022