Nesta quinta-feira, 1° de dezembro, aconteceu o encerramento da oficina ‘Qualidade de Vida na Terceira Idade: uma abordagem ao idoso na Atenção Básica’, realizada por pesquisadoras do Palmas Para Todos (PPT) da Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp) que atuam na Unidade de Saúde da Família (USF) Deise de Fátima, na Arse 13 (108 Sul). A cerimônia de encerramento foi realizada na Igreja Presbiteriana do Brasil, ao lado da unidade e contou com café da manhã, momento cultural e exposição das peças confeccionadas ao longo da oficina.
A oficina faz parte do projeto ‘Viver Melhor’ e teve duração de dois meses onde foram ministradas aulas de artesanato a um grupo de idosas assistidas pela unidade. "O trabalho desenvolvido pelas assistentes sociais é tido como prevenção de saúde, algo extremamente importante porque diminui a nossa fila de espera. Mas, o destaque maior está na ponta, na melhoria da qualidade de vida dos usuários do SUS, como a dessas idosas da oficina, que em vez de usar a unidade para tratar uma doença, por exemplo, estão aqui se socializando, produzindo e, consequentemente, melhorando a saúde física e mental", enfatizou a coordenadora do Viver Melhor, fisioterapeuta da USF, Vanessa Gonçalves, destacando a importância do trabalho das pesquisadoras da Fesp.
"Começamos a captar as necessidades com base em atividades físicas com ênfase no artesanato, trabalhamos com decoupagem e peças em gesso. O privilégio maior foi a vivência, estamos encerrando hoje cientes de que além da melhoria na qualidade de vida, ainda propiciamos a elas uma oportunidade de gerar renda", disse a assistente social do PPT, Lilian Cursino, que atuou ao lado das pesquisadoras Railda Matos e Claudiana Ribeiro.
A aposentada Marilene Freitas, 71 anos, mora em Palmas há sete meses e estava entrando em um processo de depressão, quando viu sua vida ser transformada pela oficina. "Morava em Cabo Frio (RJ) com meu esposo quando ele teve um problema sério de saúde e, como meu filho mora aqui, trouxemos ele para cá, onde passou por três cirurgias no crânio, chegando a entrar em coma. Foi um momento muito difícil na minha vida, mas graças a Deus ele se recuperou, está bem. Mas a gente não se vê morando em outro lugar. Amamos Palmas e a forma como fomos atendidos por toda a equipe da unidade desde que chegamos, mudou muito nossa vida, esta oficina então, mudou completamente a minha vida. Cheguei com 45 kg e agora estou com 54 kg, sou uma nova mulher", enfatizou a dona Marilene.
“O desenvolvimento do projeto de intervenção deve potencializar as ações do SUS, sendo que o pesquisador deve ser corresponsável pelas mudanças necessárias, levando em consideração sua inserção no cotidiano das ações e serviços de saúde, no qual vivencia na prática as potências presentes nos processos de trabalho, possibilitando intervenções efetivas para o funcionamento do SUS. É gratificante ver o empenho das pesquisadoras para a implementação desse projeto, e mais ainda a mudança de realidade que trouxeram para os usuários, são relatos inspiradores, de pessoas que se sentem pertencentes à Unidade de Saúde e que construíram um vínculo importante com elas, destacou a coordenadora do PPT”, Daniela Mafra.
Por Redação Fesp
02/12/2022