Em virtude das políticas de inclusão e da demanda crescente nos diagnósticos dos transtornos do desenvolvimento, foi realizado nesta quinta-feira, 27, no auditório do Senac, o seminário ‘Transtornos do Desenvolvimento: desmistificando e incluindo’. O evento é uma iniciativa da Prefeitura de Palmas, por meio da parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) e Fundação Escola de Saúde Pública de Palmas (Fesp), destinado aos profissionais e gestores das Secretarias da Educação (Semed) e de Desenvolvimento Social (Sedes), além dos servidores das referidas pastas organizadoras.
Jelda Fernandes de Sá, diretora de Média e Alta Complexidade explicou que "a ideia do encontro foi elaborar, a partir das discussões, um plano de trabalho com representantes das três secretarias de forma a realizar a pactuação de um termo de cooperação entre as pastas. o objetivo é organizar os fluxos de trabalho no que compete a cada profissional, bem como preparar um cronograma formativo e permanente a esses servidores”.
O encontro é uma forma de abordar o tema de forma transversal entre as pastas afins, promover a intersetorialidade entre as diversas áreas técnicas envolvidas e ampliar as discussões. “Era um sonho estarmos juntos, termos esta unificação de política pública para que pudéssemos ter uma discussão mais ampliada sobre esta pauta. Vamos usar o espaço para discutirmos, apresentarmos propostas e cada um fazer a sua parte, porém de forma integrada trazer um resultado para a população. Espero que, posteriormente, consigamos reorganizar nossa rede, atendendo aos anseios de todos”, disse o presidente da Fesp, Daniel Borini, durante a mesa de abertura.
Para Anna Crystina Mota, secretária executiva da Saúde, o evento é uma importante integração das demandas voltadas para o acompanhamento em saúde das crianças e adolescentes com transtornos de desenvolvimento dentro da rede de assistência, que inclui a Saúde, Educação e o Serviço Social. “Acho que o ponto principal é como toda a rede pode trabalhar, de forma integrada, para a resolução dessa demanda”, disse.
Marlucy Albuquerque, diretora de Proteção Social Especial da Sedes, explicou que essa articulação intersetorial de forma organizada e coordenada é necessária para compreender e discutir os casos, os fluxos e atribuições de cada pasta, em cada um dos casos de crianças e adolescentes com transtornos de desenvolvimento. “Os mesmos públicos são atendidos nas escolas, nas Unidades de Saúde e nos nossos Centros de Referência em Serviço Social (CRAs), e por isso precisamos trabalhar juntos para evitar sobreposições de ações. Conseguimos organizar a atribuição de cada um para organizar melhor o fluxo”, afirmou.
Para a coordenadora da Educação Inclusiva da Semed, Ana Cecília, o evento foi proveitoso para o estreitamento de laços. “A saúde tem um papel importante dentro da escola. Assim como a escola tem um papel importante na saúde. E o social abrange as duas pastas. Essa parceria vai fortalecer principalmente as crianças que não tem condições de fazer tratamento particulares e precisa do sistema de saúde, pois teremos ferramentas para fazê-las chegar até elas Com isso, e melhorar o prognóstico e claro, conseguir orientar melhor as famílias que também são afetadas com isso”, reiteou.
Após a mesa de abertura, a médica psiquiatra da Rede Municipal de Saúde, Ana Luiza Traballi, realizou palestra sobre o tema do evento para elucidar os participantes quanto ao assunto em voga. Deficiência intelectual; transtorno de aprendizagem; transtorno do espectro autista; suas principais causas, diagnósticos, tratamentos, aceitação, apoio e acompanhamento como forma de minimizar danos futuros, foram alguns tópicos abordados durante a apresentação.
No período da tarde, Laís Mitt, coordenadora de Saúde Mental da Diretoria de Média e Alta Complexidade apresentou como funciona a rede de atenção em saúde mental no município de Palmas e o psicólogo Daniel Santos, da equipe técnica de Saúde Mental da Diretoria de Média e Alta Complexidade, apresentou alguns casos no município. Laís afirmou que o objetivo do encontro foi realizar uma aproximação da rede de saúde mental no atendimento do público infanto-juvenil. “Também apresentamos proposição das ações que realizamos na saúde e a partir de então reconhecemos as ações do ponto de vista intersetorial, com a presença dos servidores da Sedes e da Educação”, completou.
Por Redação Semus
03/05/2023