Médicos e enfermeiros participam de mais dois encontros dos seminários integrativos Geronto em Ação

Temas abordados na capacitação são resultados dos encaminhamentos feitos pelos próprios profissionais da Atenção Primária para o geriatra

Nesta última quinta-feira, 13, aconteceram o terceiro e quarto encontro dos seminários integrativos Geronto em Ação, no Instituto 20 de Maio de Ensino, Ciência e Tecnologia de Palmas (IVM). A capacitação é a fase quatro da pesquisa-ação como estratégia de integração entre a Atenção Primária e Secundária de Palmas.  São, ao todo, seis encontros voltados para médicos e enfermeiros da Saúde Pública de Palmas para entender quais são a maior demanda e as dificuldades que esses profissionais têm ao atender o idoso. As aulas são realizadas em metodologias ativas com discussão em rodas de conversas avaliação de casos clínicos.

 

Neste encontro foram realizadas discussões sobre episódios depressivos e sequelas do acidente vascular cerebral (AVC). Nos encontros realizados no dia 28 de maio foram abordados sobre a doença de Alzheimer e hipertensão arterial. Confira mais informações aqui.

 

“Atualmente estamos passando por uma transição demográfica, uma transição epidemiológica, a Atenção Primária tem que ter o envolvimento de todos os profissionais pensando na integralidade do cuidado da pessoa idosa. Esses momentos de encontros do Geronto em Ação são para escutar esses profissionais e entender quais são as demandas. Diante dessas demandas, vamos propor esse processo formativo para melhorar a assistência do cuidado da pessoa idosa", explicou a enfermeira e professora de medicina da UFT, doutora Maria Sortênia Alves Guimarães.

 

A médica geriatra Paula Fleury Curado explicou que é comum encaminhamentos para a geriatria (Atenção Secundária) com frequência de casos que poderiam ser resolvidos na Atenção Primária. “Normalmente a Atenção Primária encaminha para a geriatria casos suspeitos de demência. Só que a própria perda de memória em si não quer dizer que é demência. Acontece de identificarmos que o paciente tem, na verdade, um transtorno cognitivo leve, que é uma perda de memória  e nada que seja demência. Esse caso poderia ter sido diagnosticado e acompanhado na Atenção Primária”, disse a médica.

 

A médica ainda destacou que a geriatria recebe pacientes de outros municípios. “Recebemos pacientes de Palmas e de mais 139 municípios, pessoas, às vezes, de 80, 83 anos, que levantam às três, quatro horas da manhã para pegar um ônibus e chegar aqui para a consulta. Isso é um desgaste muito grande para o idoso. Juntos com os profissionais podemos montar um fluxo para que possam haver encaminhamentos mais eficazes e que consigamos dar um suporte melhor para o idoso atendido na unidade.”

 

O médico neurocirurgião e mestrando do Programa de Educação e Ciência Saúde da UFT, Pedro Henrique Essado Maya, foi o especialista que falou das sequelas do AVC e desenvolveu as atividades com os profissionais. “Precisamos estar sempre nos atualizando porque o básico que temos de conhecimento ele parte de pressuposto de aprendizado e atualização, para que possamos atender o paciente. Quando os pesquisadores pensaram nessa dinâmica com vários temas, como o foco é a gerontologia, isso é extremamente importante. Dessa forma, conseguimos aumentar a qualidade de gestão e o atendimento dos nossos pacientes.”


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Por Elionay Carvalho - estagiária sob supervisão da Diretoria de Jornalismo da Secom
14/06/2024